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O Caçador Tracker
October 23, 2020

Airbag Estourado: É possível recuperar? Quanto custa?

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Airbag estourado: é possível recuperar o painel? Perda total ou parcial? Descubra!

O airbag é um dos equipamentos de segurança mais importantes em caso de acidentes, sendo obrigatório em veículos produzidos desde 2014. Mesmo assim, muitas dúvidas surgem sobre o dispositivo, principalmente sobre o que fazer com o airbag estourado.

O acionamento do airbag, com as bolsas infláveis rompendo a estrutura do painel, volante e outras superfícies, tem o intuito de amortecer o impacto e proteger a integridade física dos ocupantes em colisões mais graves.

Depois de cumprir o seu papel, além de toda a dor de cabeça, seja no sentido figurado ao resolver a situação pós-acidente ou na prática, afinal é uma pancada considerável, o motorista fica com a dúvida, dá para recuperar o painel com airbag estourado ou é perda total?

É sobre isso que vamos falar hoje. Além de demonstrar o funcionamento dos airbags, que constituem uma tecnologia bem interessante, vamos falar sobre a possibilidade de recuperar o painel, os airbags e evitar perder o veículo, seja ele segurado ou não. Vamos lá?

Importância dos airbags

Para se ter uma ideia da importância dos airbags, um estudo conduzido pelo Centro de Experimentação e Segurança Viária em 2008, muito antes do airbag se tornar obrigatório para novos veículos, concluiu que entre 2001 e 2007 o dispositivo poderia ter salvado mais de 3,4 mil vidas, se os automóveis contassem com o equipamento.

Ao lado do seguro, assistência veicular e o uso do cinto de segurança, o airbag é um item indispensável para salvar vidas de acidentes de trânsito.

É possível recuperar painel com airbag estourado?

Vida salva, vida que segue. Após o acidente, junto com o conserto da lataria e mecânica danificada, o reparo do airbag estourado é um ponto que merece cuidado especial.

Em primeiro lugar, nunca acredite em uma solução barata. Infelizmente, quando a pergunta é quanto custa substituir o airbag acionado, o valor é sempre salgado. 

Para o airbag estourado, depois que a bolsa é inflada, todo o conjunto precisará ser substituído. Isso ocorre pois é preciso garantir que o mecanismo de acionamento, desde os sensores até a ignição, os componentes químicos do gerador de gás e as bolsas infláveis estão em conformidade para uma nova colisão.

Quanto a recuperar o painel, a notícia fica ainda mais triste. Em certos veículos, como gerações passadas do VW Gol, o airbag possuía uma tampa específica que era rompida quando acionado. No entanto, a maioria dos automóveis atuais não recebe esse tratamento.

Nesse caso, enquanto o airbag do motorista rompe um compartimento no volante e o reparo fica em torno de R$ 500,00 o airbag estourado para o passageiro rasga o console e geralmente danifica sem conserto o painel. É comum que o painel seja uma peça única, que precisará ser trocada.

Além disso, a gravidade do impacto pode demandar troca de componentes elétricos do painel. Tudo isso aumenta o custo do reparo, que pode ficar na faixa de R$ 3.000 a R$ 5.000. Dependendo desse valor, é inviável prosseguir com o concerto, acaba não compensando.

Airbag estourado é perda total para o seguro?

Apesar dessa constatação desanimadora, airbag estourado nem sempre é perda total, principalmente ao se considerar o veículo com seguro.

Para que seja constatada a perda total, o custo de reparo precisa exceder a margem de 75% do valor do automóvel, segundo a Tabela Fipe. Se o custo de conserto for inferior a essa porcentagem, é considerado perda parcial. O segurado paga o valor da franquia e a seguradora banca o restante.

Em carros mais antigos, mais desvalorizados no preço tabelado, a perda total costuma ocorrer, pois o reparo excede facilmente a porcentagem.

No entanto, em veículos mais novos isso pode não ocorrer, o que depende principalmente dos outros danos sofridos pelo automóvel acidentado. Considerando que o valor médio de veículos populares está em torno de R$ 40 mil e o custo do airbag fica na faixa de R$ 4 mil, ele representa “apenas” 10% do valor total.

Porém, acidentes graves, como em casos de colisão frontal, componentes como o eixo e a longarina também sofrem danos consideráveis. Dessa forma, o custo de consertar o veículo, somado a troca do kit de airbag estourado, supera o estabelecido para perda parcial.

Mas fique atento, caso ainda seja constatada a perda parcial, a seguradora tem a obrigação de entregar o carro consertado completamente e em perfeitas condições de uso, incluindo substituição do airbag estourado.

Por que a perda total ocorre com tanta frequência?

Levantamentos de seguradoras mostram que desde a obrigatoriedade do airbag, em 2014, a perda total em veículos populares aumentou aproximadamente 25%. Isso ocorre pela soma de fatores citada anteriormente, como os danos no eixo, longarina e o próprio airbag estourado.

Um dos fatores que contribui para isso é o fato das montadoras utilizarem um sistema de airbag proporcionalmente caro, conforme apontado, cerca de 10% do preço do carro. Junto disso, a própria estrutura do painel como peça única e de difícil reparo, o custo fica cada vez mais inviável.

Como funciona o airbag?

Depois de falar sobre o que fazer com o airbag estourado, vamos falar rapidamente sobre como esse dispositivo é acionado com tanta rapidez e como ele atua, literalmente salvando vidas em acidentes de trânsito.

Primeiro, é importante compreender que o sistema de airbags é composto por:

  • Sensor de colisão;
  • Cabo de comando;
  • Central dos sensores;
  • Gerador de gás;
  • Bolsa inflável.

Ao sofrer o impacto, o carro desacelera bruscamente. Essa desaceleração é detectada pelos sensores, que disparam uma carga elétrica até o gerador de gás. O sinal elétrico atinge o gerador, que possui compostos químicos que reagem e “explodem”.  A reação química libera nitrogênio, uma quantidade de gás em rápida expansão que infla a bolsa em cerca de 30 milésimos de segundo.

Essa expansão gera muita força direcionada a superfície de saída. Ela rompe o painel, por exemplo, através de pequenos sulcos, que criam áreas de menor resistência e evitam que pedaços de plástico atinjam o ocupante do veículo. 

Logo após acionar, o airbag começa a esvaziar. Isso ocorre para absorver apropriadamente o impacto do corpo. Caso contrário, chocar-se na bolsa com o gás em expansão seria tão grave quanto em veículos sem o dispositivo.

A título de curiosidade, veja como é o funcionamento dos airbags em testes de colisão realizados em veículos da Toyota:

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