Logística reversa: o que é + principais vantagens e desafios
Logística reversa: o que é + como funciona + exemplos do ramo
O que é logística reversa?
Logística reversa é uma atividade de reciclagem, que busca retornar resíduos ao início da cadeia produtiva para evitar o descarte inadequado e a contaminação do meio ambiente, processando o material para que o mesmo possa ser reaproveitado na operação de uma empresa.
De modo geral, um sistema de logística reversa se aplica a resíduos eletrônicos, como celulares, computadores, pilhas e baterias, além de pneus, lâmpadas, embalagens de agrotóxico, óleo lubrificante e outros, principalmente aqueles com potencial de poluição ambiental.
No entanto, sua implementação pode ser aplicada a todo material de vida útil curta para o consumidor comum e que, todavia, pode ser reaproveitado por uma empresa. É o caso de embalagens retornáveis de bebidas, entre outros produtos.
Muitos podem enxergar a logística reversa como uma prática complexa e pouco lucrativa, mas seus benefícios são inegáveis, tanto na questão financeira quanto para a promoção de práticas de sustentabilidade e o valor agregado que isso traz à imagem das empresas junto à opinião pública.
Veja um pouco mais sobre o tema. Reunimos aqui alguns exemplos de logística reversa, o que é essa prática e como realizar sua implantação com facilidade e boas chances de lucro. Boa leitura!
Logística reversa: o que é + como funciona
Podemos colocar a logística reversa como uma prática de importância crescente, à medida que vemos ideais de sustentabilidade e respeito ao meio ambiente ganhando peso nas decisões do público consumidor.
Na prática, logística reversa é formada por um conjunto de ações que irão coletar, processar e reciclar resíduos diversos para que eles possam ser reaproveitados na cadeia produtiva, ganhando um novo valor de mercado e evitando danos ao ecossistema.
Como funciona a logística reversa?
Para entender como a logística reversa realmente funciona, é preciso entender que ela conta com três agentes principais, sendo eles o consumidor, o transportador e o valorizador.
Como podemos ver, a logística reversa se inicia com o consumidor, no fim da vida útil do produto. Nesse ponto, é essencial que o indivíduo tenha conhecimento sobre a existência de um processo adequado de descarte, sem mencionar que empresas são obrigadas por lei a informar o consumidor em relação à forma correta de descarte.
Na logística reversa isso fica ainda mais relevante, pois depende do consumidor garantir a lucratividade e efetividade desse processo. Ao depositar os resíduos em pontos de coleta, eles podem ser transportados de volta à cadeia produtiva.
Aqui entra o trabalho dos transportadores, que seguem um sistema similar a distribuição tradicional, com veículos menores fazendo a coleta em pontos de descarte e passando a carga para caminhões que irão levá-la até a planta de processamento.
Por fim, o valorizador é o agente que irá processar o material descartado para dar um novo propósito a ele. Isso envolve separação de componentes e partes, limpeza, recondicionamento e redistribuição de itens como suprimento ao mercado.
Toda essa malha mostra a complexidade da logística reversa, que ainda enfrenta o alto custo do transporte rodoviário no Brasil e outras dificuldades para a gestão logística.
Exemplos de logística reversa
Como mencionamos anteriormente, existem diversos tipos de logística reversa para utilizarmos como exemplo de sua aplicação. Nesse contexto, confira alguns usos comuns da logística reversa:
Setor automotivo
Com a frota de veículos no Brasil cada vez maior e os cuidados com a manutenção exigindo atenção ao rodízio de pneus, atenção à vida útil da bateria automotiva, entre outros pontos importantes, não é à toa que o setor automotivo tem muito potencial para logística reversa.
Os pneus, por exemplo, apresentam difícil decomposição e servem de local para procriação do mosquito da dengue. Como resposta, existem diversas ONGs e empresas que reaproveitam esse material, para fins diversos como jardinagem, construções, móveis e itens de vestuário.
As baterias automotivas também demandam atenção, devido ao alto potencial de contaminação ambiental. Empresas especializadas nesse item fazem a desmontagem para retirada e reuso do plástico, chumbo e, em alguns casos, do ácido também.
Outro tipo de logística reversa no setor está no reaproveitamento de óleos lubrificantes. O óleo do carro depois de usado passa por um processo de rerrefino, que o torna 100% apropriado para o uso, como se fosse um produto novo.
Agronegócio
No agronegócio, o principal uso da logística reversa é na reciclagem das embalagens de agrotóxicos. Defensivos agrícolas contam com um mercado já consolidado, conduzido pelos próprios fabricantes. Em geral, 94% das embalagens de agrotóxicos são reaproveitadas pelo sistema.
Eletrônicos
O lixo eletrônico é resultado do aumento no consumo desses aparelhos, com novas versões lançadas com frequência, tornando eletroeletrônicos em itens obsoletos e descartáveis rapidamente.
Ainda assim, a logística reversa no setor é pouco utilizada, apesar dos componentes valiosos que pode recuperar, sem mencionar o risco de contaminação ao meio ambiente, o que torna a ação muito importante.
Comércio digital
A logística reversa no e-commerce é diferente das demais, pois se trata do retorno de um produto para o fabricante ou vendedor, seja por desistência, insatisfação, troca ou acionamento de garantia. Nessa modalidade, é possível utilizar transportadoras e os Correios para executar o serviço.
Assim como no recolhimento de lixo eletrônico, é um mercado custoso e relativamente pouco explorado pela iniciativa privada. Dessa forma, também representa uma oportunidade para transportadoras atuarem de forma especializada.
Quais os desafios da logística reversa?
A logística reversa é essencial para o desenvolvimento social e sustentável, priorizando a proteção ao meio ambiente e o uso racional de recursos. Ainda assim, ela enfrenta desafios por conta do custo de transporte.
Por conta do tamanho do território nacional, é preciso calcular se o custo do material cobre o frete. Nesse caso, o componente pode ser reaproveitado como matéria-prima ou fonte de energia. Caso ele não compense o valor, dificilmente a iniciativa dará resultado.
Oportunidades para empresas e profissionais
Quando se pensa em oportunidades de pegar o caminhão e atuar como transportador no sistema de logística reversa, ou mesmo montar uma empresa especializada nesse serviço, é preciso ficar atento aos outros agentes envolvidos.
Em primeiro lugar, depende do quanto o consumidor está disposto a retornar o material, qual a facilidade que ele tem em encontrar pontos de coleta, entre outros detalhes. Também temos que considerar se os fabricantes possuem interesse em investir na logística reversa.
Nesses casos, eles podem até mesmo oferecer incentivos financeiros aos valorizadores e transportadores.
Portanto, para vencer os desafios da logística reversa e aumentar suas chances de sucesso, é recomendado escolher com cuidado o segmento de atuação e montar um projeto promissor para apresentar aos fabricantes e firmar parcerias.
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