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O Caçador Tracker
March 9, 2021

Tipos de capacetes para moto: saiba como acertar na escolha

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Tipos de capacetes para moto: saiba como acertar na escolha

Os capacetes para motociclistas evoluíram muito nos últimos anos, em vários quesitos diferentes. Seja na resistência, segurança, conforto ou simplesmente no estilo, hoje temos uma grande variedade de tipos de capacete para escolhermos.

Como se trata de um item de uso obrigatório na lei de trânsito brasileira, se você tem ou pretende ter uma moto, você precisará conhecer cada um deles para fazer a escolha certa. Afinal de contas, é um equipamento de segurança essencial.

Dito isso, vamos conhecer os diferentes tipos de capacete para motos, focando nos modelos e itens obrigatórios por lei. Além disso, vamos mostrar as regras para transportar crianças na moto, com um capacete adequado. Fique ligado!

Tipos de capacetes para moto

Desde sua origem, os capacetes avançaram bastante. Hoje temos uma infinidade de modelos, fabricados em materiais que variam do plástico injetado ao Kevlar. Tudo isso distribuído ao longo de diferentes tipos de capacetes, que vamos conhecer agora:

Aberto

Começando nossa aventura temos o capacete aberto, também chamado de Jet, pois lembra os capacetes de pilotos de caças da aeronáutica. Eles protegem da testa até as têmporas e início do pescoço.

São bem leves e confortáveis. Por não terem a queixeira, não protegem a face e mandíbula em caso de queda. Por outro lado, no uso diário, tem excelente ventilação e não dificulta a respiração.

Em geral, scooters e motos mais leves são mais adequadas para esse tipo de capacete, pois têm menores chances de se envolver em acidentes graves, devido a velocidade controlada.


Fechado

Também conhecido como capacete integral, é o modelo fechado no queixo. É um dos mais utilizados e fáceis de se encontrar, com opções mais acessíveis também. Ele oferece uma boa proteção ao motociclista ou passageiro.

Para garantir o conforto, é ideal que tenha boa ventilação e uma forração antialérgica. O mais comum é que o capacete fechado tenha viseira, mas ele também pode ser encontrado em algumas variações, como veremos a seguir.

Capacete misto

O capacete misto é um modelo que combina os dois anteriores. Basicamente, ele possui uma queixeira removível, de acordo com a escolha do usuário.

Escamoteável

O capacete escamoteável ou modular é aquele que apresenta um mecanismo que possibilita levantar a parte frontal, expondo a face do motociclista. É muito usado por motoboys e pelas forças policiais, pois dá agilidade para abrir o capacete sem precisar retirá-lo por completo.

Vale destacar que não se deve trafegar com o capacete modular aberto, pois se trata de uma infração similar a conduzir a moto com a viseira aberta.

Cross

Uma versão do capacete integral é o modelo Cross. Como o nome já diz, é usado principalmente para motos off road, como motocross e rally

Entre suas principais características, temos o design esportivo, com entradas de ar mais destacadas, a pala para proteger do sol e a ausência de viseira, sendo obrigatório o uso de óculos de proteção.

Vintage 

Por fim, temos os capacetes do tipo vintage. Muito utilizados para quem realmente não abre mão do estilo. Eles podem ser fechados ou abertos, com pala e sem viseira, exigindo o uso de óculos. Há ainda a versão aberta com viseira tipo bolha, que dá um toque a mais de estilo e ainda protege o motociclista em uma viagem de moto, por exemplo.

Como escolher o capacete ideal?

Com tantas opções, muitas pessoas ficam na dúvida sobre como escolher o capacete ideal para andar de moto. São muitos os fatores que influenciam nessa decisão, por isso, selecionamos os principais:

1. Proteção

A proteção é o fator principal a ser considerado. Independente do estilo, tipo de capacete preferido ou outro quesito, seu capacete deve ser resistente e capaz de absorver impactos, isso inclui o casco, viseira, cinta jugular e forração interna.

Fique atento ao material do casco e outros componentes.Se não puder investir muito, busque ao menos uma opção de melhor custo benefício, pois isso pode salvar sua vida.

2. Utilização

O modo de uso da sua moto é determinante para o tipo de capacete adequado. Na maioria das ocasiões, um capacete integral cumpre bem o papel, sendo uma opção segura e assertiva, lembrando que existem subcategorias, como modelos street, próprios para o cenário urbano, e o racing, focado em aerodinâmica e resistência para os pilotos de verdade.

Para quem vai viajar de moto, um capacete de material leve e bem resistente é ideal, pois irá passar horas com ele na cabeça. Muitos optam por um bom capacete escamoteável ou mesmo um capacete aberto, seja com a viseira bolha ou comum. Nesse último caso, recomenda-se uma proteção para a boca, para evitar insetos e detritos lançados por outros veículos.

Como mencionamos antes, se você precisa tirar o capacete frequentemente para falar com as pessoas, o capacete modular é mais adequado. Para quem gosta de se aventurar no motociclismo off road, o modelo cross garante conforto, performance e proteção.

3. Tamanho

O tamanho do capacete é um fator muito relevante. Em geral, o capacete deve estar firme na cabeça do condutor, ou seja, é normal que fique um pouco justo. No entanto, isso garante que ele não irá soltar da cabeça em um acidente, garantindo a proteção do motociclista.

Segundo a OMS, o uso de capacetes adequados e no tamanho certo pode diminuir lesões graves na cabeça em até 70%, além de diminuir a taxa de mortes em acidentes envolvendo motos em até 40%.

Os capacetes infantis têm tamanhos de 50, 52 e 54, enquanto modelos para adultos têm 58, 60 e 62. Esse número se refere a circunferência em centímetros na coroa do capacete. Para saber o tamanho adequado, use uma fita métrica para medir a circunferência da sua cabeça, cerca de 1cm acima da sobrancelha. 

Depois, basta escolher o tamanho mais próximo. Vale lembrar que para garantir o conforto e firmeza do capacete, tendo certeza do tamanho adequado, só experimentando mesmo.

4. Funcionalidades

Os capacetes, assim como as próprias motos, já contam com uma série de opcionais que podem alterar a relação custo-benefício. Depois de escolher o tipo de capacete ideal e o tamanho adequado, confira as funcionalidades adicionais que ele oferece, como exemplo, temos:

  • Subviseira solar: trata-se de uma viseira solar retrátil, que fica atrás da viseira principal. É uma excelente opção para não precisar colocar um óculos de sol para pilotar durante o dia e ainda elimina a necessidade de uma viseira com película escura;
  • Ventilação: todo capacete deve ser bem ventilado, facilitando o controle de temperatura e respiração, porém, alguns modelos são mais avançados no design e dispõem de entradas de ar mais eficientes, com sistema de abertura, entre outros diferenciais;
  • Fecho da cinta jugular: o capacete deve ser bem fixado no maxilar, o que é feito pela cinta jugular. Um fator que pode determinar sua escolha é o tipo de fecho da cinta. Uma opção prática é o engate rápido, que fecha em click e abre por botão, porém não é tão seguro. Quem foca em segurança, deve preferir o fecho Duplo D;
  • Forração: a qualidade da forração é também muito importante. Em primeiro lugar, é essencial que ela seja antimicrobiana e antibacteriana, evitando contaminação e mau-cheiro. Além disso, uma forração removível facilita a limpeza do capacete.

Quando trocar de capacete?

Em geral, a validade de capacetes é de 3 a 5 anos. Mesmo que não haja menção na lei sobre o assunto, especialistas indicam que usar capacete fora do prazo de validade não é uma boa ideia

Além disso, se você sofreu um acidente, onde o capacete sofreu qualquer tipo de rachadura no casco, o ideal é fazer a troca. Mesmo que seja uma fissura pequena, ela compromete a integridade e resistência da estrutura, inutilizando o equipamento.

Legislação sobre o uso de capacetes

Como mencionamos anteriormente, o uso de capacetes para motos é obrigatório no Brasil, mas não é qualquer capacete. A resolução nº 453/2013 do CONTRAN especifica quais são as regras para o uso de capacetes, bem como quais os modelos permitidos.

Quanto aos capacetes permitidos, temos:

  • Capacete integral com viseira;
  • Capacete integral sem viseira, quando acompanhado de óculos de proteção especial;
  • Capacete integral com viseira e pala;
  • Capacete modular (escamoteável) com viseira e com ou sem pala;
  • Capacete misto com queixeira removível com pala e sem viseira quando acompanhado de óculos de proteção especial;
  • Capacete aberto do tipo jet sem viseira com ou sem pala quando acompanhado do óculos de proteção especial;
  • Capacete aberto jet com viseira com ou sem pala.

Vale destacar que o famoso “capacete coquinho” não é permitido por lei, já que ele não protege a nuca do motociclista. Além de se atentar ao tipo de capacete permitido por lei, também vale apontar alguns itens exigidos pelo CONTRAN, sendo eles:

  • O capacete precisa apresentar selo de aprovação do INMETRO;
  • É necessário conter dispositivo retrorrefletivo na traseira e laterais do capacete;
  • O motociclista deve trafegar com óculos de proteção e/ou viseira abaixada o tempo todo;
  • O capacete deve estar preso no maxilar o tempo todo;
  • O capacete deve estar em boas condições, sem apresentar rachaduras ou danos que comprometem sua capacidade de proteger o usuário;
  • A viseira com película escura é proibida para usar durante a noite.

Na questão das infrações, temos:

  • Pilotar com equipamento adequado, porém de modo incorreto, com a viseira levantada, sem viseira ou óculos de proteção, ou sem prender o equipamento no maxilar, é infração leve e resulta em 3 pontos na CNH e multa de R$53,20;
  • Utilizar um capacete em desacordo com o estabelecido pelo CONTRAN, por exemplo sem os dispositivos refletivos, é infração grave, que rende 5 pontos ao condutor, multa de R$127,69 e a moto fica retida;
  • Dirigir ou transportar passageiro em motocicletas e similares, sem o uso do capacete, é infração gravíssima. Além de levar 7 pontos na CNH, multa de R$191,54 e ter a moto retida, o motociclista tem a habilitação recolhida e pode perder o direito de dirigir por até 3 meses.

Transporte de crianças em motos e capacetes infantis

Para transportar crianças na moto, é necessário certificar que ela tem condições de se firmar na moto e contribuir para a sua segurança. A partir de abril de 2021, entrará em vigor uma nova lei de trânsito para regulamentar o transporte de crianças.

Nela, fica estabelecido a idade mínima de 10 anos para crianças serem transportadas em motos. Além disso, a criança deve conseguir apoiar os pés e se manter firme na garupa da moto. Em hipótese alguma a criança poderá ser transportada sobre o tanque.

Ela também deve usar capacete infantil, seguindo todas as recomendações acima, além de contar com um equipamento de tamanho adequado, que fique firme na sua cabeça. Por isso, nada de colocar um capacete de adulto e achar que vai ficar tudo bem.

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